terça-feira, 17 de julho de 2012

Palmas na missa ! Orlando Fedeli.





De: André
Enviada em: Quarta-feira, 08 de Outubro de 2003, 10:06
Localidade: Brasília-DF
Religião: Católica
Idade: 23
Escolaridade: 2.o grau completo

 PERGUNTA

 Bem, li o comentário de vocês em relação a palmas na missa.Temos que difenrenciar bem, palmas de 
aplausos.O próprio Sacrosanctum Concilium e seu número 30 diz que deve-se incentivar as ações gestos, o porte do corpo.Ãplausos sim são um abuso.Outra coisa é dizer que a missa é em si triste.A missa é sim a renovação do do sacrifício de Jesus mas a sua dinâmica conduz partes de alegria.Como não se alegrar ao ouvir a palavra de Deus ou ao Cantar o Hino de Louvor.Como naõ se alegrar ao nos juntarmos aos anjos e santos para dizermos santo, santo , santo.Também não devemos deixar a missa com carater de pessoalidade.Estamos nima celebração comunitária e não pessoal e intimista.As aclamações e respostas vem do povo reunido e não apenas de uma pessoa que está lá sozinha para fala com seu Deus.Somos assembléia de Deus reunida sim.Não estamos sós na santa missa.Não é iso que o Concílio Vaticano II nos orienta.Se a celebração é comunitária, por que dar um carater individual a ela .Penso que não é bem assim. Devemos corrigir os abusos praticados contra a liturgia, sem fazer comparações com protestantes ou outras denominações religiosas.Vamos cuidar primeiro da nossa Santa Igreja, e tomar cuidado pra não sermos preconceituosos e ultrapassados!!!Paz e Bem!

RESPOSTA


Muito atualizado André, salve Maria!

Permita-me dizer-lhe, meu caro André, que a distinção que você faz entre palmas e aplausos é absolutamente sem sentido. Palmas e aplausos são a mesma coisa, e foi o que o Papa João Paulo II qualificou de abuso na Encíclica Ecclesia de Eucharistia. Aliás, ele apontou também como abusos as danças e as canções profanas na Missa.

Consta que estão para sair os decretos exigindo a eliminação de tudo isso.

Preparemo-nos então para obedecer, e rezo para que Deus lhe conceda, a você e a muitos outros, meu caro André, a humildade para aceitar o que Papa vai decretar.

Vejo que você foi infelizmente influenciado, como tantos outros, pela nova teologia modernista.

Mas essa nova teologia é herética.

Ainda na Ecclesia de Eucharistia o Papa João Paulo II confirmou que a Teologia da Missa continua a ser a do Concílio de Trento, e não a do Vaticano II, como se pensa.

Ora, a teologia do Concílio de Trento, que foi um Concílio infalível, ensina que a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário e não uma festa, como queria Lutero, e como defendem os novos modernistas, herdeiros de Lutero.

Você me diz, que reconhece, graças a Deus nisso estamos de acordo, que a Missa é a renovação do sacrifício do Calvário, mas que, na Missa há também festa. E como exemplo dessa festa, você cita o cântico do Sanctus.

Ora, exatamente o cântico do Sanctus diz o contrário do que você pensa pois, logo antes, no Prefácio, anunciando o Sanctus, se diz que os anjos e as potestades tremem diante da infinita majestade divina.

Não está dito que eles, como se faz hoje em missas, desgraçadamente, que rebolam diante de Deus.

Você salienta o caráter comunitário da Missa.

Ora, na Ecclesia de Eucharistia, o Papa afirma, de novo, a doutrina de sempre: o sacrifício da Missa é obra direta do sacerdote que age in persona Christi -- na pessoa de Cristo -- e não propriamente da comunidade, que participa do sacrifício, mas não o realiza. Se fosse a comunidade que realizasse a Missa, o sacerdote poderia ser dispensado, e até uma mulher poderia celebrar, o que é doutrina condenada.

O sacerdote não é um mero "presidente da assembléia dos fiéis" como se ensina hoje. O sacerdote fala e age na pessoa de Cristo. Cristo é o único Sacerdote de todas as Missas.

A Missa fala essencialmente de nossa Redenção pelo sacrifício propiciatório de Cristo na Cruz, pagando os nossos pecados. Por isso, a natureza da Missa deve nos levar a adorar a Deus, a implorar o seu perdão e suas graças, ao arrependimento de nossos pecados, à aceitação de sua morte, por nós na cruz, e a agradecer tudo o que Ele fez por nós, e tudo o que nos deu.

Daí, haver na Missa quatro sacrifícios: o de adoração, o de impetração, o sacrifício propiciatório e o de ação de graças.

Também você se engana ao dizer que a Missa é comunitária, a tal ponto que elimina a devoção pessoal, que você chama de intimista.

Lembre-se que a salvação é pessoal e não comunitária.

Na Missa, você diz: "Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada, mas basta uma palavra e a minha alma será salva".

É a sua alma que você deve salvar, meu caro André, e não a "comunidade". É a sua alma que será julgada por Deus no juízo particular, logo após a morte. Deus não vai julgar a "comunidade", repito. No Evangelho, jamais Nosso Senhor fala em comunidade. No Evangelho, Nosso Senhor diz que, no juízo final, julgará os homens, e não as "comunidades". E no Credo cantamos que Cristo virá julgar os vivos e os mortos, e não as " comunidades". Isso não está no Credo.

Para o moço rico, Nosso Senhor disse : "Se tu quiseres ser perfeito, nega-te a ti mesmo, dá tudo o que tu tens para os pobres, e tu terás um tesouro no céu, depois vem e segue-me" (MT. XIX, 21 ).

Nesse conselho, tudo é pessoal e nada comunitário. Nosso Senhor não fala em salvação comunitária. Nosso Senhor não convidou a "comunidade" a segui-Lo.

Aliás, você pertence a alguma "comunidade"?

Pelo que sei, comunidade é formada por aqueles que têm tudo em comum, como, por exemplo, os que fazem voto de pobreza, nos conventos e mosteiros. Lá, existe comunidade, porque nada se têm lá pessoalmente. Tudo é de todos, tudo é comum.

Dizer que os membros de uma paróquia formam uma comunidade, parece-me um claro abuso do termo comunidade, pois que nas paróquias o povo não tem praticamente nada em comum. Não há voto de pobreza, nas paróquias.

Quem gostaria de transformar as paróquias em comunidades mesmo, onde tudo em comum, num comunismo paroquial, são os adeptos do comunismo, e os seguidores da Teologia da Libertação. Coisa que você provavelmente combate, pois que você, pelo que me diz, mais me parece ser um membro da RCC.

E quanto a fazer comparações com protestantes, saiba que a nova Missa com danças, aplausos, requebros e rock, foi feita exatamente por seis pastores protestantes. Logo mais colocarei no site Montfort a fotografia deles.

Compreendo que tudo o que digo pode surpreendê-lo, e surpreendê-lo dolorosamente. Mas, caso você queira saber mais escreva-me pessoalmente, que farei o possível para ajudá-lo, com toda a caridade e com todo o interesse por sua alma.

In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli.

Quem é Satanás Realmente?

Quem é Satanás realmente? Palestra do célebre padre exorcita do Vaticano Gabriel Amorth .

Quem é o diabo? Qual é seu nome real? Quão poderoso é? Como se manifesta a sua obra destruidora nas vidas dos homens? Estas e outras perguntas semelhantes foram respondidas pelo Padre Gabriel Amorth, célebre exorcista italiano, em uma vídeo-intrevista projetada durante o Umbria International Film Fest, pouco antes da projeção do filme O rito de Mikael Hafstrom, cujo objeto é precisamente o exorcismo.

O diabo, disse o padre Amorth, é essencialmente "um espírito puro criado por Deus como um anjo". Como os homens, também os anjos foram submetidos à uma prova de obediência, que Satanás – que era o mais brilhante dos espíritos celestes - se rebelou.

Satanás é, portanto, o primeiro diabo da história sagrada, e o mais poderoso de todos. Assim como no céu, com os santos e anjos, nas suas várias categorias, também no inferno há uma hierarquia. Enquanto o Reino de Deus é governado pelo amor, o reino de Satanás é dominado pelo ódio. "Os demônios se odeiam entre si e a sua hierarquia é baseada no terror", disse o padre Amorth.

"Um dia - disse o exorcista - eu estava quase liberando uma pessoa possuída por um demônio que não era nem mesmo um dos mais fortes. Por que você não vai embora?, perguntei-lhe. Porque – me respondeu - se eu sair Satanás me punirá ". A finalidade da existência dos demônios é "arrastar o homem ao pecado e trazê-lo para o inferno", disse Amorth.

O que é, então, que impulsiona o homem a esta louca obra de auto-destruição e condenação? Segundo o padre Amorth, o homem é sempre impulsionado pela "curiosidade", uma inclinação que pode ser "positiva ou negativa dependendo das circunstâncias”.

O verdadeiro 'triunfo' do demônio, porém, é que ele está "sempre escondido" e a coisa que mais deseja é que não se "acredite na sua existência". Ele "estuda a cada um de nós, nas suas tendências para o bem e para o mal, e depois suscita as tentações", aproveitando-se das nossas fraquezas.

A época contemporânea, afinal de contas, é representada precisamente pelo total esquecimento da figura do diabo que, assim, consegue os seus mais importantes sucessos. Se a humanidade perde o sentido do pecado, é quase automático que entrem ideias de que "o aborto e o divórcio sejam uma conquista da civilização e não um pecado mortal", disse Amorth.

É óbvio que o diabo está por trás de práticas como o ocultismo e a magia, e até aqui, “aproveitando a nossa curiosidade". Quem quiser "conhecer o próprio futuro ou falar com os mortos", por exemplo, vai, ainda sem querer, encontrar-se com o demônio.

O padre Amorth não descarta nem sequer o filme Harry Potter: o ídolo literário e cinematográfico de tantas crianças ao redor do mundo é, de fato, de acordo com o exorcista, uma mensagem publicitária da “magia” apesar de ser vendido “até mesmo em livrarias católicas".

Perigosas e desonestas, para Amorth, são também as práticas orientais aparentemente inócuas como o Yoga: "Você acha que está fazendo para relaxar, mas leva ao Hinduísmo - explicou o exorcista - Todas as religiões orientais são baseadas na falsa crença da reencarnação ".

Perguntado se Satanás atormenta mais as almas dos ateus ou aquelas dos crentes, o padre Amorth disse que o mundo pagão é mais vulnerável ao diabo do que o mundo cristão ou crente, no entanto, "um ateu é mais difícil que venha visitar um sacerdote".

Amorth, que disse ter exorcizado também "muçulmanos e hindus", salientou: "Se viesse comigo um ateu eu diria para mim mesmo que, de todos modos, estou agindo em nome de Jesus Cristo e lhe recomendaria que se informasse sobre quem fosse Cristo ".

Um aspecto curioso  e nem por isso secundário do trabalho de um exorcista está ligado aos nomes dos demônios. "A primeira coisa que eu pergunto ao possuído é qual seja o seu nome - disse o padre Amorth -. Se ele me responde com o nome verdadeiro para o diabo já é uma derrota:  foi forçado a dizer a verdade, a sair do esconderijo".

Caso contrário, o diabo vai responder cada vez com um nome diferente. "Os demônios na realidade, como os anjos, não têm nomes - disse Amorth - mas se atribuem apelidos até mesmo bobos, como Isbò: este era um diabo com um nome estúpido, mas poderosíssimo, ao ponto de ter conseguido matar um exorcista e um bispo ".

O padre Amorth também afirmou que a pessoa possuída não está necessariamente em pecado mortal, porque "Satanás pode tomar o corpo, mas não a alma", e advertiu que o demônio não só atua com a possessão, mas também com o assédio, a obsessão e a infestação (esta última referida principalmente a locais físicos).

O malefícios associados à práticas ocultas (feitiços, vudú, macumba, faturas, etc.), são "muito raros", disse o exorcista.

Aqueles que rezam e que confiam constantemente em Deus "não devem ter medo" do demônio. Além disso, o padre Amorth disse que nunca teve medo do diabo durante os exorcismos. "Às vezes - deixou claro - eu estive com medo de  machucar fisicamente alguém porque, por exemplo, é arriscado exorcizar uma pessoa doente do coração".

Amorth concluiu a entrevista confirmando que muitas pessoas, de fato, vendem sua alma ao diabo, mas, ironicamente, ele acrescentou, "Eu tenho queimado muitos contratos ...."